"à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr atrás desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.

Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer.
Porque a minha força é imortal."
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Tia Árvore, um pouco de magia ao dia

Todos os que passam, param para a apreciar, com mais vagares e demoras do que é habitual. Mesmo os que apressam normalmente o passo, quando os olhos poisam naquele verde alto e imenso, perdem a velocidade e contemplam a árvore, durante alguns momentos, como se, assim, pudessem respirar melhor.

Todas as árvores do parque sentem admiração por aquele porte tão direito, pela folhagem intensa, apesar de, conforme se diz, a idade da Tia Árvore ser já uma idade avançada. Tão avançada que vai para além do tempo dos réis, das rainhas e das princesas, que viu passearem coches e caleches puxados por belos cavalos.

Mas a Tia Árvore preenche-se sobretudo dos que se aproximam, dos que passam perto, dos que procuram uma sombra ou outro qualquer conforto dos muitos que a Mãe Natureza reserva. Mais do que conforto: prazer!      

  in A Tia Árvore, de Madalena Santos