Eu tenho um coração. Tenho um coração que às vezes dói sozinho e eu deixo-o estar quieto e sozinho, filho único. Tenho um coração que às vezes, congelado pelas circunstâncias que estão para além do aparelho cardiovascular, fica enturpecido, alheio a tudo e a nada. O tudo e o nada, para ele, são a mesma coisa. E eu escandalizo-me pela frieza, fico triste com o desprezo, tento agitá-lo e ele foge.
Tenho um coração que bate, rítmico, como muitos daqueles que ausculto. Tenho um coração que bombeia sangue e que até já tem gordura a acumular-se.
Tenho um coração que, quando penso que vai ficar indiferente, se emociona, mas não me conta... Nem fala baixinho... Finge que não...e tudo passa. E fica um segredo só dele...muito dele.
E só quando lhe apetece, quando o sol nasce de determinado ângulo, só aí, só nesses momentos, ele salta do meu peito, arranca-se completamente, e diz o que sente.
Beijinho Janine ♥
ResponderEliminarBeijinho doce, querida Lina.
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