"à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr atrás desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.

Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer.
Porque a minha força é imortal."

sábado, 17 de outubro de 2009

Saramago na Hungria...

Fui a uma livraria... É sempre bom passear pelos livros mesmo que não se perceba nada...

E ficamos sempre tão orgulhosos quando vemos um bocadinho de Portugal...

Aquece-nos o coração...


Este aparece na tradução do google como "Romance O Mosteiro", presumo que seja "O Memorial do Convento"...

 
Devo dizer que este não percebi qual é.... O Húngaro é complexo, sem dúvida...hihihi


Deixo-vos com umas citações do nosso Nobel da Literatura, vale a pena pensar nisto:

"O nosso defeito é tomar demasiado a sério certas coisas que são sérias, mas que, como se costuma dizer, não são para tanto."


 "Acho que damos pouca atenção àquilo que efectivamente decide tudo na nossa vida, ao órgão que levamos dentro da cabeça: o cérebro. Tudo quanto estamos por aqui a dizer é um produto dos poderes ou das capacidades do cérebro: a linguagem, o vocabulário mais ou menos extenso, mais ou menos rico, mais ou menos expressivo, as crenças, os amores, os ódios, Deus e o diabo, tudo está dentro da nossa cabeça. Fora da nossa cabeça não há nada."


"Não sabemos o que é ser infinitamente bom. Sabemos o que é ser relativamente bom. E sabemos que não somos capazes de ser bons toda a vida e em todas as circunstâncias. Falhamos muito. E depois reconsideramos, o que não quer dizer que o reconheçamos publicamente."


"O egoísmo pessoal, o comodismo, a falta de generosidade, as pequenas cobardias do quotidiano, tudo isto contribui para essa perniciosa forma de cegueira mental que consiste em estar no mundo e não ver o mundo, ou só ver dele o que, em cada momento, for susceptível de servir os nossos interesses."


"A única revolução realmente digna de tal nome seria a revolução da paz, aquela que transformaria o homem treinado para a guerra em homem educado para a paz porque pela paz haveria sido educado. Essa, sim, seria a grande revolução mental, e portanto cultural, da Humanidade. Esse seria, finalmente, o tão falado homem novo."

"A finitude é o destino de tudo."


Ele é sem dúvida um espírito rebelde, por isso gosto dele...  Às vezes áspero, demasiado real, mas faz tão bem pensar um pouco... E os livros que li dele conseguem sempre ter Amor...

Só vos peço uma coisa... Sejam felizes, a vida não pára e aí está a beleza...!!! ;) Beijinhos

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