"à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr atrás desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se levanta no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre.

Porque a minha vontade me regenera, faz-me nascer, renascer.
Porque a minha força é imortal."

segunda-feira, 15 de março de 2010

Ternura



















Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...
      
Olho a roupa no chão: que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...
     
Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...
     
Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!

                           David Mourão-Ferreira




















                         O Beijo, de Klimt





5 comentários:

  1. Que lindo Janine.

    Mas escusavas de contar os pormenores todos eu já calculava que era assim eheheheh.

    Beijinhos amiga e com muita ternura.

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  2. Bonito, sim senhora.
    Um grande beijinho.
    Gostei muito de te conhecer mais um bocadinho hoje.
    T.

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  3. Um beijinho grande para as duas, Nat e TeresaP.
    É sempre bom a vossa Ternura...
    Beijinhos ternurentos.

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  4. Olá Janine
    E uma prendinha para o pai?
    Hoje é dia do Pai,só estou a lembrar porque estás longe eheheh
    Beijinhos

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  5. Olá Natália. Só vim a más horas à internet, ou seja, já é dia 20 de Março... mas porque não?
    Beijinhos grandes

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